Campo Grande é um município brasileiro da região Centro-Oeste, capital do estado de Mato Grosso do Sul. Reduto histórico de divisionistas entre o sul e o norte, Campo Grande foi fundada por mineiros, que vieram aproveitar os campos de pastagens nativas e as águas cristalinas da região dos cerrados. A cidade foi planejada em meio a uma vasta área verde, com ruas e avenidas largas e com diversos jardins por entre as suas vias, é uma das cidades mais arborizadas do Brasil sendo que 96,3% das casas contam com a sombra de um arvoredo.
ampo Grande é um município brasileiro da região Centro-Oeste, capital do estado de Mato Grosso do Sul. Reduto histórico de divisionistas entre o sul e o norte, Campo Grande foi fundada por mineiros, que vieram aproveitar os campos de pastagens nativas e as águas cristalinas da região dos cerrados. A cidade foi planejada em meio a uma vasta área verde, com ruas e avenidas largas e com diversos jardins por entre as suas vias, é uma das cidades mais arborizadas do Brasil[8] sendo que 96,3% das casas contam com a sombra de um arvoredo.
A cidade foi fundada em 21 de junho de 1872, quando José Antônio Pereira chegou e se alojou em terras férteis e completamente desabitadas da Serra de Maracaju, na confluência de dois córregos - mais tarde denominados Prosa e Segredo - e que atualmente é o Horto Florestal. No dia 14 de agosto de 1875, Pereira enfim retorna com sua família (esposa e oito filhos), escravos, além de outros (num total de 62 pessoas) e deixou para João Nepomuceno a responsabilidade pelo seu rancho.[9]
Apresenta, ainda nos dias de hoje, forte relação com a cultura indígena e suas raízes históricas. Por causa da cor de sua terra (roxa ou vermelha), recebeu a alcunha de Cidade Morena. A cidade está localizada em uma região de planalto, em que é possível ver os limites da linha do horizonte ao fundo de qualquer paisagem. A cidade tem uma população de cerca de 910 mil habitantes (ou 31,77% do total estadual) e cerca de 104 hab/km², sendo o terceiro maior e mais desenvolvido centro urbano da Região Centro-Oeste do Brasil e a 19º município mais populoso do Brasil, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), data-base 1º de julho de 2020.
Entre seus moradores é possível encontrar descendentes de espanhóis, italianos, portugueses, japoneses, sírio-libaneses, armênios, paraguaios e bolivianos. A qualidade de vida de Campo Grande acabou atraindo também muitas pessoas de outros estados do Brasil, especialmente dos estados vizinhos (São Paulo, Paraná e Minas Gerais) e do Rio Grande do Sul. Segundo pesquisa feita em 2006 pela revista Exame, Campo Grande é a 28ª melhor cidade do país em infraestrutura,[10] fator decisivo na atração de investimentos. A cidade também ficou com a 107ª colocação entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes em mortes por agressão (homicídios) e em mortes violentas por causas indeterminadas (MVCI) onde registrou no estudo 200 assassinatos (23,4 mortes por 100 mil habitantes), segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)[11].
Etimologia
Seu atual nome originou-se do primeiro nome, que era Arraial de Santo Antônio de Campo Grande.
undação

Em 1870 (por razão da Guerra do Paraguai) chegou a notícia aos moradores de Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro, de terras férteis para agropecuária, na região do então "Campo Grande da Vacaria". Isso acabou contentando José Antônio Pereira, que precisava de terras para alojar sua família. Em 21 de junho de 1872 chegou e se alojou em terras férteis e completamente desabitadas da Serra de Maracaju, na confluência de dois córregos - mais tarde denominados Prosa e Segredo - e que hoje é o Horto Florestal.[9]
O primeiro historiador da cidade, Rosário Congro, afirmou que no ano seguinte João voltou a Monte Alegre, deixando a João Nepomuceno a responsabilidade pelo seu rancho. No dia 14 de agosto de 1875, Pereira enfim retorna com sua família (esposa e oito filhos), escravos, além de outros (num total de 62 pessoas). No primeiro rancho, que havia construído, encontra agora Manuel Vieira de Sousa (Manuel Olivério) e sua família, provenientes de Prata, que aqui haviam chegado atraídos pelas notícias dos campos de Vacaria, juntamente com seus irmãos Cândido Vieira de Souza e Joaquim Vieira de Souza, e alguns empregados, um dos quais Joaquim Dias Moreira (Joaquim Bagage). Minas Gerais; as famílias se unem e originam a primeira geração de campo-grandenses.[9]
No fim de 1877 cumpre uma promessa feita durante a viagem de retorno e constrói a primeira igrejinha (rústica de pau-a-pique com telhas de barro). As casas, de precário alinhamento, formaram a primeira rua (chamava-se Rua Velha, atual rua 26 de Agosto, e terminava num pequeno largo (atual Praça dos Imigrantes), onde havia uma bifurcação, formando mais duas vias). José Antônio Pereira, fundador do arraial, construiu sua residência definitiva no final da ramificação de baixo (hoje rua Barão de Melgaço). Morreu em sua fazenda Bom Jardim, em 11 de janeiro de 1900, meses depois da emancipação política da vila (26 de agosto de 1899).[9]
Consolidação

A partir de 1879 novas caravanas de mineiros foram chegando e sendo distribuídas nas terras devolutas, marcando suas posses, quase sempre sob a orientação do fundador. Estabeleceram assim as primeiras fazendas do Arraial de Santo Antônio do Campo Grande. No centro da rua, no comércio e farmácia, que pertenciam a Joaquim Vieira de Almeida, reuniam-se a alta sociedade do local. Era o homem que tinha maior instrução na vila e era o redator de documentos de caráter público ou privado. E eram resolvidos ali os problemas comunitários, de onde saíam as reivindicações ao governo. Foi de autoria do próprio Joaquim Vieira de Almeida uma correspondência solicitando a emancipação da vila.[9]
Campo Grande está localizada equidistante dos extremos norte, sul, leste e oeste de Mato Grosso do Sul, fator que facilitou a construção das primeiras estradas da região, contribuindo para que se tornasse a grande encruzilhada ou polo de desenvolvimento de uma vasta área. É considerado o mais importante centro impulsionador de toda a atividade econômica e social do estado, posicionando-se como o de maior expressão e influência cultural, sendo também o polo mais importante de toda a região do antigo estado, desmembrado em 1977. Em 1950, o município concentrava 16,3% do total das empresas comerciais de Mato Grosso do Sul; em 1980, este número subiu para 24,3% e, em 1997, a 34,85%. Também registrou crescimento populacional acima da média nacional nos anos 1960, 1970 e 1980.[carece de fontes]
Geografia


Campo Grande é a capital do vigésimo primeiro estado mais populoso do Brasil, Mato Grosso do Sul, e está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil. Geograficamente, o município de Campo Grande se situa próximo da fronteira do Brasil com Paraguai e Bolívia. Localiza-se na latitude de 20º26’34” Sul e longitude de 54°38’47” Oeste. Está equidistante dos extremos norte, sul, leste e oeste da América do Sul, e se situa a 1 134 km de Brasília. Está a (-1) hora com relação a Brasília e (-4) com relação a Greenwich. Ocupa uma superfície total de 8 096,051 km², ocupando 2,26% da área total do Estado. A área urbana totaliza 154,45 km² segundo a Embrapa Monitoramento por Satélite.[12]
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[13] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Campo Grande.[14] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Campo Grande, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Centro-Norte de Mato Grosso do Sul.[15]
Os tipos de solos originais que constituem o município são o latossolo vermelho escuro, latossolo roxo, areias quartzosas e solos litoicos. Apesar de ser uma cidade serrana, apresenta topografia plana. A Formação Serra Geral é constituída pela sequência de derrames basálticos, ocorridos entre os períodos Jurássico e Cretáceo, na Era Mesozoica. Estas rochas efusivas estão assentadas sobre arenitos eólicos da Formação Botucatu e capeadas pelos arenitos continentais, fluviais e lacustres. Sua menor altitude é 490 metros e a maior é de 701 metros, tendo altitude média de 532 metros.[carece de fontes]
Campo Grande situa-se sobre o divisor de águas das bacias dos rios Paraná e Paraguai. O Aquífero Guarani passa por baixo da cidade, sendo capital do estado detentor da maior porcentagem do Aquífero dentro do território brasileiro. O município não tem grandes rios, sendo cortado apenas por córregos, ribeirões e rios de pequeno porte.[carece de fontes]
Com um conjunto geográfico uniforme, Campo Grande localiza-se na zona subtropical e pertence aos domínios da região fitogeográfica da savana e árvores caducifólias. Sua cobertura vegetal autóctone apresenta-se com as fisionomias de savana arbórea densa, savana arbórea aberta, savana parque e savana gramíneo lenhosa (campo limpo), além das áreas de tensão ecológica representadas pelo contato savana/floresta estacional e áreas das formações antrópicas. Os tipos de vegetação originais do município são o Cerrado, Florestas ou matas e Campos.
Clima
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em Campo Grande (INMET) por meses[16][17][18] |
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Mês | Acumulado | Data | Mês | Acumulado | Data |
Janeiro | 109,2 mm | 29/01/1987 | Julho | 76,1 mm | 22/07/2002 |
Fevereiro | 100 mm | 06/02/1952 | Agosto | 66,2 mm | 12/08/1941 |
Março | 90 mm | 26/03/1984 | Setembro | 81,8 mm | 09/09/2015 |
Abril | 113,6 mm | 27/04/1957 | Outubro | 122 mm | 13/10/1959 |
Maio | 147 mm | 30/05/1986 | Novembro | 115,1 mm | 18/11/1963 |
Junho | 78,4 mm | 22/06/2012 | Dezembro | 108,2 mm | 08/12/2009 |
Período: 1931-presente |
O clima campo-grandense é caracterizado como tropical com estação seca[3] (tipo Aw segundo Köppen),[19] com duas estações muito bem definidas, sendo uma quente e úmida no verão e outra menos chuvosa e mais amena no inverno. Por estar muito distante do oceano, há uma grande influência da continentalidade, resultando em amplitudes térmicas relativamente elevadas ao longo do ano.
Nos meses de inverno a temperatura pode cair bastante, com geadas esporádicas e leves, em certas ocasiões a sensação térmica pode chegar a menos de 0 °C,[20] tal como na madrugada de 18 de julho de 2017, cuja sensação foi de −11 °C.[21] Já no amanhecer do mesmo dia, a sensação foi de −7 °C no centro da cidade,[22] e de −9 °C na zona oeste.[23]
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1931 a menor temperatura registrada em Campo Grande foi de −0,9 °C em 15 de agosto de 1978 e a maior atingiu 41 °C em 5 de outubro de 2020. O maior acumulado de precipitação em 24 horas chegou a 147 mm em 30 de maio de 1986.[16][17][18] Desde setembro de 2001 o menor índice de umidade relativa do ar (URA) foi de 9% nas tardes dos dias 22 de agosto de 2006 e 13 de setembro de 2007 e a maior rajada de vento alcançou 28,4 m/s (102,2 km/h) em 15 de outubro de 2021.
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