Maria Marçal tem apenas 16 anos, mas já se destaca na música gospel. Nascida em Rio das Ostras, Rio de Janeiro, a adolescente costuma ter mais de 3,7 milhões de ouvintes mensais no serviço de música digital Spotify, é seguida por mais de cinco milhões de pessoas no Instagram e, recentemente, teve a sua trajetória compartilhada no Fantástico.
Apesar de ter começado a cantar ainda na infância, quando aprendeu a tocar alguns instrumentos e compor, Maria iniciou sua carreira oficialmente em 2022 e se tornou uma grande revelação ao lançar seu primeiro EP com o sucesso, Deserto, a canção é uma releitura da música de 2013, lançada pela cantora Arianne.
Na sequência, vieram Deixa, Então Profetiza e Meu Filho e Descansa. As canções alcançaram não só o público evangélico. Maria tem cada vez mais sido convidada para cantar em festas por todo o Brasil.
Ela - que atualmente trabalha seu novo projeto nomeado Cura, gravado em Salvador - conversou com a Quem sobre a carreira, conquistas e sonhos. Confira!
Como o gospel fez parte da sua criação?
Eu cresci em uma família evangélica, desde muito pequena frequentava a igreja com meus pais e a música gospel sempre fez parte da minha rotina, em casa e na escola. Lembro inclusive de ir desde os três, quatro anos, na Marcha Para Jesus.
Quais são as suas referências na música?
A música gospel é muito rica, tem vários cantores incríveis em quem me inspiro desde muito criança, como a Bruna Karla, por exemplo, que eu assisti na Marcha Para Jesus, de faixa na cabeça (risos).
Quando começou a cantar profissionalmente?
Eu sempre gostei muito de cantar, desde nova ficava no terraço de casa cantando, mas foi no show de talentos da escola, e em outras vezes que cantei na escola, que meus vídeos nas redes sociais começaram a viralizar e as pessoas passaram a me conhecer.
Você é uma cantora muito jovem. Como concilia a rotina de shows com estudos?
É bem cansativo essa rotina, mas os estudos são sempre colocados em primeiro lugar, minha família viaja comigo sempre que possível e encontro neles a base que preciso para conciliar todos os meus compromissos.
Quando se canta o gospel, que é dedicado a Deus, a preparação de um cantor vai além da vocal e física. Como é a sua preparação para levar essa mensagem?
Eu gosto de pensar que canto a minha história, então todas as músicas são carregadas de emoção e significado para mim. Parte da minha rotina de preparação para o palco, é orar muito, pedir proteção e também agradecer por mais uma oportunidade de levar a palavra de Deus a outras pessoas.
O gospel tem se popularizado entre diferentes gerações e pessoas de diferentes religiões. Isso impacta na forma como você faz música? Pensa mais em termos e mensagens que consigam alcançar as pessoas que não possuem um entendimento mais profundo da sua fé?
Como disse, gosto de cantar a minha história e por isso, as músicas tem sempre um significado especial para mim e acredito que histórias conectam pessoas, então independentemente da idade ou da religião, a história de amor, gratidão e fé é uma só.
Quando começou essa ideia de se apresentar em festas que não são exclusivamente gospel?
Isso não foi exatamente uma ideia, foi algo natural que aconteceu. A palavra de Deus vem tocando cada vez mais pessoas, e abrindo espaços em lugares incríveis, é uma grande honra ter essas oportunidades.
Recebeu críticas de evangélicos mais conservadores por cantar em festas seculares?
A música evangélica está crescendo e tomando proporções cada vez maiores e isso é uma conquista de todos nós cristãos; simboliza que Deus está cada vez mais presente e edificado no dia a dia das pessoas, acredito que este é o ponto principal.
Sua trajetória foi contada no Fantástico. Isso gerou algum impacto no seu trabalho? Como trabalha a relação com a fama?
Esse documentário foi um reconhecimento muito importante para todos que estão levando a música gospel para o interior da casa de milhares de pessoas. Todos os dias eu me lembro dos meus propósitos e de onde eu vim, receber conhecimento significa que a palavra de Deus está alcançando cada vez mais pessoas.
