A cantora Claudia Leitte voltou a movimentar as redes sociais ao falar abertamente sobre sua fé evangélica e sua permanência nos trios elétricos durante o Carnaval. Em entrevista recente no Flow Podcast, a artista disse não enxergar contradição entre sua profissão e sua vida espiritual.
“Já existiu [um conflito]. É um questionamento massa, porque te coloca no lugar certo da sua fé. Mas hoje não tenho mais. Xanddy é cristão, Carla Perez também. Tem uma galera que se converteu, e a gente continua trabalhando. É a nossa cultura, o nosso trabalho”, explicou a cantora.
Segundo Claudia, a pressão em torno do tema costuma ser externa. Para ela, o desafio está em administrar as críticas sem deixar que se transformem em dúvidas internas. “Quando vira voz da sua cabeça, aí dá ruim. Já tive esse questionamento, mas não tenho mais há muito tempo”, completou.
Reação de líderes evangélicos
As declarações, no entanto, não passaram despercebidas entre pastores e líderes evangélicos. Sem citar diretamente o nome da cantora, a pastora Sarah Sheeva, filha de Baby do Brasil, publicou um texto em suas redes sociais defendendo que a marca mais evidente de Cristo na vida de alguém é a santificação.
“A santidade é um dos atributos mais importantes de Deus. Ser santo é renunciar a tudo que desagrada ao Senhor, especialmente práticas de culto, invocação e adoração. Quando o pecado já não incomoda um cristão, isso é sinal de esfriamento espiritual e até de morte espiritual”, escreveu.
Já o pastor Matheus Alves, da Igreja Lagoinha em Belo Horizonte, foi mais direto e citou nominalmente Claudia Leitte. Ele ressaltou que “a cultura nunca pode estar acima da Palavra de Deus” e que o Carnaval é incompatível com a fé cristã.
“O exemplo de Jesus com a samaritana e de Paulo em Atenas mostra que a orientação bíblica é negar-se a si mesmo. Não caia nessa conversa, Carnaval é obra da carne. Participar disso é pecado”, declarou.