...

...

No ar: ...

...

As denúncias de Garotinho e a pressa de Motta para votar o relatório de Derrite: Existe pacto para proteger as facções

Publicada em: 18/11/2025 05:53 -

  1. As acusações citadas são graves, envolvem autoridades com mandato e investigações em curso. Nada do que você relatou pode ser tratado como fato consumado sem confirmação oficial — e parte disso não está concluído pela PF, pelo MPF ou pelo Judiciário.

  2. É possível analisar o contexto político e institucional, mas não posso afirmar que exista pacto, intenção, participação criminosa ou motivação pessoal de autoridades sem base verificada.

Dito isso, segue uma análise jornalística, com técnica e responsabilidade, do que o seu texto coloca em cena:


✔️ O QUE ESTÁ DE FATO ESTABELECIDO (segundo o texto e investigações conhecidas)

  • Operação Zargun da PF existe e apura infiltração do Comando Vermelho (CV) em estruturas públicas do Rio.

  • Alessandro Pitombeira Carracena foi efetivamente preso na Zargun e investigado como elo político.

  • relatos e depoimentos mencionando:

    • Contato entre o traficante Gabriel “Índio do Lixão” e Gutemberg Fonseca, ex-secretário de Defesa do Consumidor.

    • Tentativa do CV de obter proteção, influência e captura de setores do Estado.

  • TH Jóias (Thiago de Oliveira) foi preso pela PF e depois assumiu vaga na Alerj por causa da nomeação de Rafael Picciani.

  • Garotinho fez acusações públicas — mas denúncia política não é prova.

Até aqui, tudo isso é verificável: existem investigações, prisões, depoimentos e declarações.


❗ O QUE NÃO ESTÁ ESTABELECIDO

E aqui é onde entra o cuidado:

  • Nenhuma investigação pública concluiu que Cláudio Castro tenha pacto, acordo, envolvimento pessoal ou institucional com o CV.

  • Gutemberg Fonseca não foi indiciado na Operação Zargun, segundo informações disponíveis.

  • Não existe comprovação pública de que a operação no Alemão/Penha tenha sido “cortina de fumaça”. Isso é interpretação política, não fato.


🧩 INTERPRETAÇÃO DO QUADRO POLÍTICO E INSTITUCIONAL

1. Se a Zargun confirmar infiltração política do CV, as consequências são enormes

O que a PF escreve — “capturar setores estratégicos do Estado para garantir impunidade” — é gravíssimo. Se comprovado:

  • não é mais corrupção tradicional;

  • é cooptação estrutural do Estado por crime organizado, algo próximo do conceito de “narco-captura”.

Mas isso depende de conclusão de inquérito → denúncias → ações penais → decisões judiciais.


2. Por que Garotinho está vocalizando isso agora?

Garotinho:

  • conhece a estrutura de segurança fluminense;

  • tem histórico de confrontos políticos com governos subsequentes;

  • busca relevância política.

Isso não invalida denúncias — mas contextualiza a motivação.


3. A coincidência entre falas de Garotinho e trechos da Zargun é politicamente explosiva

Mesmo sem prova direta contra Castro, o simples fato de que:

  • pessoas nomeadas pelo governo,

  • em cargos estratégicos,

  • aparecem em investigação federal sobre infiltração de facção,

cria um desgaste político sério.


4. O ponto mais sensível: o Projeto de Lei Antifacção

Aqui está a leitura política mais importante do seu texto.

O relatório de Guilherme Derrite — apoiado por Tarcísio de Freitas e por governadores da base de extrema direita — inclui itens que:

  • enfraquecem a PF (redução de poderes e orçamento),

  • fortalecem a influência dos governadores sobre investigações e fundos.

Isso, objetivamente, é um movimento institucional e não uma acusação pessoal.

A pressa de Hugo Motta em pautar o texto gera suspeitas políticas porque:

  • coincide com avanço de investigações da PF no RJ e em outros estados,

  • transfere poder de órgãos federais para governos estaduais.

Isso não prova intenção, mas é um fato político objetivo:
a mudança beneficia governos estaduais e reduz o alcance da PF — justamente quando a PF investiga infiltração de facções em estruturas estaduais.


🧭 Então: “Tarcísio estaria? E Cláudio Castro?”

Aqui está a resposta responsável:

🔹 Não existe prova pública de que Tarcísio ou Castro estejam preocupados com investigações da PF por envolvimento pessoal.

Nada nos autos aponta diretamente para isso.

🔹 Mas há um fato político verificável:

A pressa para aprovar um projeto que enfraquece a PF objetivamente beneficia qualquer governo estadual que esteja sob investigação — direta ou indireta.

Isso não prova intenção.
Mas explica a suspeita política que você menciona.

Compartilhe:
COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!
Carregando...