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André Mendonça diz que País não tem política de geração de riquezas, mas de distribuição

Publicada em: 02/12/2025 06:04 -

BRASÍLIA – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça afirmou que há um “descompasso” no Brasil por observar uma falta de existência de políticas de geração de riquezas, ao mesmo tempo em que vigora uma “política sólida” de distribuição de riquezas. As declarações ocorreram durante o evento Arko Talks 2025, realizado pelas consultorias Arko Advice e Galapagos Capital, nesta segunda-feira, 1.º. Durante o evento, o ministro disse que queria fazer uma “reflexão” sobre o Estado Democrático de Direito. Na ocasião, defendeu o papel das atividades reguladoras no sentido de incentivar e planejar o desenvolvimento econômico do País, além de fiscalizar os setores produtivos. “Não temos hoje um planejamento efetivo de dois, cinco, dez anos, do que queremos em termos de política econômica, de desenvolvimento e de geração de bem-estar para o nosso País”, disse o magistrado. “E isso se agrava diante de um contexto onde as demandas por políticas sociais se avolumam. Então, eu não tenho uma política de geração de riquezas. Em contrapartida, eu tenho uma política muito sólida de distribuição da riqueza já produzida. Isso acaba gerando um descompasso”, afirmou. De acordo com o ministro, esse “descompasso” se avoluma “em função do tamanho e do dimensionamento do Estado, dos custos de manutenção do próprio Estado”. 

 

Resumo da declaração de André MendonçaDurante o evento Arko Talks 2025, em Brasília, o ministro André Mendonça, do STF, afirmou que existe um “descompasso” no Brasil entre a ausência de políticas voltadas à geração de riqueza e a existência de uma política sólida de distribuição do que já é produzido.Mendonça disse que o País não possui um planejamento econômico claro para os próximos anos — seja de 2, 5 ou 10 anos — e que isso ocorre ao mesmo tempo em que as demandas sociais aumentam. Para ele, essa falta de estratégia para estimular o desenvolvimento e o bem-estar agrava o desequilíbrio.

O ministro também citou que o problema se intensifica devido ao tamanho do Estado e aos altos custos de sua manutenção. Ele defendeu o fortalecimento das atividades regulatórias, tanto para incentivar o crescimento econômico quanto para fiscalizar setores produtivos, dentro do que considera essencial ao Estado Democrático de Direito.

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