ituação dos gabinetes de Ramagem, Zambelli e Eduardo Bolsonaro
Mesmo com salários suspensos e sem acesso à cota parlamentar, os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) continuam mantendo suas estruturas de gabinete em funcionamento na Câmara dos Deputados. A folha de pagamento dos três somada chega a aproximadamente R$ 400 mil por mês, valor destinado exclusivamente aos servidores.
🔹 Estrutura mantida
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Cada deputado tem direito a até 25 funcionários e orçamento mensal de R$ 133.170,54 para remuneração.
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Em conjunto, os três parlamentares mantêm 27 servidores ativos, mesmo sem receber seus próprios salários.
🔹 Situação individual
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Alexandre Ramagem:
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Último salário pago: setembro (R$ 46.366,19).
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Mesmo condenado a 16 anos pelo STF, ainda recebeu cota parlamentar em Outubro (R$ 20.848,29) e Novembro (R$ 230).
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Carla Zambelli:
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Recebeu salário até maio.
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Foi presa na Itália após fugir dos EUA; teve prisão definitiva decretada pelo STF por falsidade ideológica e invasão do sistema do CNJ.
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Apesar disso, seu gabinete permanece ativo.
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Eduardo Bolsonaro:
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Recebeu salário até julho.
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Em 2025, só teve pagamentos integrais até março, por ter ficado licenciado por 120 dias.
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Após o período, recebeu valores residuais da cota (R$ 0,03 em julho; R$ 1 em agosto).
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Tornou-se réu no STF por suposta articulação para que autoridades brasileiras sofressem sanções internacionais.
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🔹 Por que ainda não perderam mandato?
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O regimento exige presença mínima em 1/3 das sessões.
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A verificação desse critério só ficará mais clara ao longo de 2026.
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Casos de perda automática, como o do deputado Chiquinho Brazão neste ano, ocorrem apenas quando o parlamentar ultrapassa o limite de faltas.
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A Câmara tende a seguir o rito constitucional, que exige análise da CCJ e votação em plenário — um processo geralmente lento.
🔹 Debate sobre uso de recursos públicos
O funcionamento dos gabinetes, mesmo com parlamentares afastados, presos ou ausentes, reacende discussões sobre:
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controle de gastos,
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transparência,
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critérios de manutenção da estrutura quando o deputado está impossibilitado de exercer o mandato.
