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Ramagem, Zambelli e Eduardo têm salários suspensos, mas gabinetes seguem ativos e somam R$ 400 mil por mês

Publicada em: 02/12/2025 06:00 -

ituação dos gabinetes de Ramagem, Zambelli e Eduardo Bolsonaro

Mesmo com salários suspensos e sem acesso à cota parlamentar, os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) continuam mantendo suas estruturas de gabinete em funcionamento na Câmara dos Deputados. A folha de pagamento dos três somada chega a aproximadamente R$ 400 mil por mês, valor destinado exclusivamente aos servidores.

🔹 Estrutura mantida

  • Cada deputado tem direito a até 25 funcionários e orçamento mensal de R$ 133.170,54 para remuneração.

  • Em conjunto, os três parlamentares mantêm 27 servidores ativos, mesmo sem receber seus próprios salários.

🔹 Situação individual

  • Alexandre Ramagem:

    • Último salário pago: setembro (R$ 46.366,19).

    • Mesmo condenado a 16 anos pelo STF, ainda recebeu cota parlamentar em Outubro (R$ 20.848,29) e Novembro (R$ 230).

  • Carla Zambelli:

    • Recebeu salário até maio.

    • Foi presa na Itália após fugir dos EUA; teve prisão definitiva decretada pelo STF por falsidade ideológica e invasão do sistema do CNJ.

    • Apesar disso, seu gabinete permanece ativo.

  • Eduardo Bolsonaro:

    • Recebeu salário até julho.

    • Em 2025, só teve pagamentos integrais até março, por ter ficado licenciado por 120 dias.

    • Após o período, recebeu valores residuais da cota (R$ 0,03 em julho; R$ 1 em agosto).

    • Tornou-se réu no STF por suposta articulação para que autoridades brasileiras sofressem sanções internacionais.

🔹 Por que ainda não perderam mandato?

  • O regimento exige presença mínima em 1/3 das sessões.

  • A verificação desse critério só ficará mais clara ao longo de 2026.

  • Casos de perda automática, como o do deputado Chiquinho Brazão neste ano, ocorrem apenas quando o parlamentar ultrapassa o limite de faltas.

  • A Câmara tende a seguir o rito constitucional, que exige análise da CCJ e votação em plenário — um processo geralmente lento.

🔹 Debate sobre uso de recursos públicos

O funcionamento dos gabinetes, mesmo com parlamentares afastados, presos ou ausentes, reacende discussões sobre:

 

  • controle de gastos,

  • transparência,

  • critérios de manutenção da estrutura quando o deputado está impossibilitado de exercer o mandato.

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